sábado, 24 de setembro de 2016

Eu sou... [no minimo duas]

Acabou! As unhas pra roer, as lagrimas para escorrer e se eu mexer mais no meu descabelado vou acabar arrancando fio a fio. O frio do chão que estou deitada já se sente no meu coração. Ai eu paro, olho pro meu estado e lembro de tudo que me levou até ali. Quando estou nessa situação faço as contas de quantas pessoas viriam me resgatar se eu chamasse... isso por si só me dá forças pra levantar. Chega! Um mundo tão grande, tanta coisa acontecendo e você ai sofrendo por gente otária. Ele é só outro cara perdido que te perdeu, ele é só outro cara e você já esqueceu outros caras antes...

Acho que tem algo que eu queria falar a todas as pessoas que passaram pela minha vida, eu queria contar que odiar a si mesmo é a pior maneira de ferir quem te ama e que a descoberta de si mesmo é quase uma resistência a tanto conteúdo igual. Eu queria pedir desculpas a quem passou pela minha vida e eu não estava pronta, eu já me senti como a Cinderela no baile, correndo contra o tempo, é terrível quando você dá tudo de si para algo dar certo e isso não é o suficiente, quando seu máximo não foi bom o bastante, mas eu aprendi que algumas coisas não são culpa minha, que eu deveria dar o meu melhor, que eu deveria correr por mim mesma atrás da minha felicidade e não lutar sozinha pela felicidade de dois. Eu vi que eu queria ser feliz e se isso te alegrar também, fique, se de alguma forma minha felicidade te incomodar, por favor, vá embora sem nem olhar para trás, porque se não for do jeito que sonhei terá que ser melhor, por que eu já decidi se vou contar ao meus filhos uma histórias sobre mil e uma noites ou sobre eternidade, eu que me acostumei a ser invisível acabei me tornando transparente e o que você vê é simplesmente o que sou. Eu sou mais uma pessoas atormentada pela capacidade de amar.

Minha liberdade ninguém deu ou autorizou, ela foi conquistada, assim como disse Renato Russo eu consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade e hoje não entendo a razão de tanta proteção se ela mantém o amor distante também. Ser livre me deu o direito de estar presa a quem eu quero. Eu não te amo porque preciso de você, preciso de você porque te amo. E tem dias que vou odiar cada ser humano, apenas pela existência deles, outros manterei minha fé na humanidade presente em cada um querendo harmonizar o mundo, você vai me ver por ai, e quando eu entrar na sala de aula, todos irão parar para olhar, porque eu tenho cara de poucos amigos e provavelmente enquanto ando está tocando Crazy in love na minha cabeça, porque eu sou tímida mas vou saber me virar quando a atenção for voltada pra mim, porque eu pareço comportada, mas deixo meus compromisso para uma ida ao mercado comprar pipoca para depois invadir a cozinha da faculdade com um grupo de amigos para fazê-la [as vezes posso trocar a pipoca por lasanha sem me preocupar com a indústria da moda e minhas gordurinhas]. Eu vou beber das bebidas baratas e misturar com suco de uva, eu vou discutir numa noite gelada o amor e o feminismo, eu vou confessar segredos sérios olhando o bumbum dos meninos jogando sinuca, estarei em prantos e calada ao mesmo tempo em algumas situações, em outras vou sofrer por nada, simplesmente por ter acordado na bad e vou falar mal do meu emprego e na sexta feira encontrar um monte de desconhecidos, beber mais, falar sobre tudo, conquistar algumas pessoas com meu sorriso tímido ou com a minha facilidade em dizer SIM/QUERO/TOPO e NÃO. Tudo isso porque eu sou... e o final dessa frase depende do que eu quiser. 
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