Provavelmente todos já
ouviram ou leram a expressão que o peixe morre pela boca, logo, eu
pisciano, falador e pragmático morro da forma que julgo mais justa,
ou seja o sincericídio... Pois nenhuma atitude pode ser mais
condenável socialmente do que falar o que você pensa, ou no meu caso
agora, parafraseando o dito popular posso dizer que o escritor
contemporâneo morre pela ponta dos dedos. E isso acontece quando se
expressa uma opinião sem mascarar o seu sistema de
pensamento, muitas vezes, não sendo claro e objetivo, mas sincero.
Claro que nem todas as
verdades são boas, também somos feitos de doses de ironia e
sarcasmo pra balancear as coisas, há hora pra tudo nessa vida, mas
vem cá, você vê geral pedir por sinceridade, mas já passou mais de
uma vez por uma situação em que dizendo o que pensava foi visto
como insensível, obviamente deve existir uma certa moderação
para a coexistência da sinceridade e a omissão, mas eu gosto de
pecar pelo excesso. É evidente que há um abismo enorme entre
sinceridade e verdade. O certo e o errado dependem de muita coisa e
raramente são absolutos, lembre-se sempre que achar que seu caminho
é o certo é um coisa, achar que ele é o único é outra
completamente diferente.
Minha felicidade tem
como alicerce dizer o que penso, não que eu não me preocupe com as
consequências, mas prefiro arcar com elas do que com os resultados de
mentiras. O Chapeleiro Maluco me entenderia bem e o Pequeno Príncipe
não conquistou nossos corações pensando antes de cada frase que ia
dizer, tem algumas “sinceridades” que não são bem vistas, mas
qual o mau em falar por exemplo que não me importo que me comprem
por um pouco de comodidade, ou que adoro sexo casual, ou que nem
sempre estou interessado no prazer do outro, que eu queria silenciar
algumas pessoas na vida real assim como faço com os grupos no
whatsapp, que as vezes prefiro que o governo legalize a maconha e
proíba o amor, que algumas pessoas são únicas e especiais assim
como todos os outros únicos e especiais e isso não te torna tão
diferente assim, que já fiz muitas besteiras na vida e que de
algumas sinto saudades, que eu só estou querendo sexo, que já experimentei, que já aconteceu comigo que talvez eu tente de novo. [Obs: Sempre tome cuidado ao dizer que alguém
engordou]
Mas esse sou eu, eu
prefiro que me tratem dessa maneira, falando o que pensam, ainda
prefiro uma coça das suas verdades do que você me iludindo, porque
na minha concepção, o sincericídio mata, mas não mata algo ruim,
se a sociedade no geral fosse mais boca aberta e menos velada ao que
realmente sente teríamos uma mudança significativa no mundo em que
vivemos, porque veríamos que no amago não somos tão diferentes, que
nossas loucuras se completam, e que tabus ridículos podem ser
extintos, as mulheres não seriam mal vistas por dar no primeiro
encontro, o garotos não teriam medo de chorar, as meninas ficariam
contentes de verdade com seus corpos, os homens não fariam de tudo
uma extensão do falo, os casais não fariam sexo sem graça por
obrigação, e quando alguém perguntasse ia saber que está acontecendo alguma coisa com o outro, e isso é importante pois o
outro que não sabe de todas essas coisas que você anda calando
acaba julgando o seu silencio como bem entender, e muitas vezes um
fica esperando o outro falar e vocês nunca mais se encontram.
Não deixe espaço pra
duvida, simplesmente diga sem medo o que pensa, pode ser difícil as
vezes por termos que abdicar das nossas cascas protetoras revelando
nossas fraquezas e sem um escudo é difícil guardar as lagrimas pro
travesseiro e se te atacarem, vai doer mais porque atacaram o que
você realmente é e dor só dói se for prolongada, o resto é
fisgada. Vamos viver de verdade.
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