Eu gosto de nudez, mas a aprecio de forma quase que banal e não vulgar, gosto das curvas, das sombras q a luz produz nos mais diferenciados tipos de corpos, o despadronizado dos mamilos, umbigos e cinturas. Gosto do que eles fazem, de como fazem e de sentir o tremor forte e intenso sobre minha pele. Gosto da timidez ou da sensatez de despir-se perante outro ou outros, gosto da nudez ao vivo pois são nudes da alma.
Quando escrevo,
na maioria da vezes meu eu lírico é mulher, biologicamente sou homem [quase que
sem orgulho algum disso] e minha identidade pessoal, sexual e de gênero me
permitem ser o que eu quiser independente de como quando, onde e com quem. Entendo os
papéis sociais a que tantos tentam limitar, mas no sexo, no EU naturalmente nú
ninguém manda, muitas vezes nem eu mesmo. E quando faço algo com meu corpo que
é meu e de mais ninguém, dentro de quatro paredes que passam a ser minhas e de
quem estiver comigo eu gosto de ser e acontecer.
Creio com a
intensidade de quem aperta uma bunda na liberdade de fazer e compartilhar o que
se gosta, quer ou sente curiosidade de experimentar. O sexo muitas vezes se
torna tabu, mas sempre entre rodas de amigos levemente embriagados ou em brincadeiras
de cartas onde as palavras são livres como cada corpo deve ser ele passa a ser
tema. Já imaginou quantos casais poderiam ser salvos ou se formarem se o
indivíduo tivesse a liberdade de dizer? Quanto prazer geraria o sexo não como
tabu mas como é? E o que o sexo é? Livre e vulgar. E por eras tem sido na boca
dos velados silenciado, morno e frio enquanto deveria ser doce e quente.
Do que eu
gosto ou o que quero no sexo? Eu gosto de gemidos não ensaiados e nunca ouvidos
em filmes pornô, quero que o ar realmente sobre e saia num grunhido visceral.
Quero que se diga o que é permitido e conquiste o que é inexplorado. Quero que
o não seja não e que o pedido de mais seja excepcional. Sobre o corpo a corpo,
quero estar dentro de alguns e sentir outros pulsando dentro de mim, Quero
beijos por cima de ombros e lambidas nas paletas e em seguida pressionar contra
a parede um corpo que não é meu, abraços com as pernas na vertical ou
horizontal. Quero que alguns fiquem para o café e desejar com outros que noite
nunca termine, quero luz de velas, corredor escuro e me despir sob holofotes,
quero coisas que ao lembrar sentirei um rubor nas bochechas e gosto de coisas
que fariam minha vó se benzer só de imaginar. Com alguns quero que fique para
conversar ou que se vá quando eu for me banhar. Gosto que deixem marcas,
mordidas e gosto de quero mais. Quero puxões de cabelo, tapas ardidos e sentir
meu corpo pesando sobre o teu a ponto de sentir tuas pernas tremerem. Gosto de
mamilos nas palmas das mãos e de barbas roçando em nucas. Quero que seja livre
e que se goze o gozo pois entre quatro paredes até a recusa ao sexo deve ser
respeitada porque apenas uma massagem e dormir de conchinha também me
satisfazem em algumas noites.
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